O câncer hepático ou carcinoma hepatocelular (CHC) é o sexto câncer mais comum, representando mais de 90% dos cânceres hepáticos primários (não inclui metástases). Sendo a terceira causa de morte relacionada ao câncer no mundo (692.000 óbitos), com uma incidência total de 500.000 a 1.000.000/ano.

Seu principal fator de risco é o comprometimento crônico do fígado (cirrose), e suas causas mais comuns são:

- Hepatites virais, medicamentosas, ou autoimunes,

- Etilismo.

- Acúmulo por tempo prolongado de gordura no fígado (esteatose hepática) que leva a um tipo de hepatite (NASH – Non Alcoholic Steatohepatitis).

 

Qual o tratamento ideal para o câncer hepático (CHC)?

 

Quando seu aparecimento for por meio de um único nódulo menor que 3 cm, podemos retirá-lo cirurgicamente ou realizar uma técnica chamada ablação, essa última consiste em provocar uma lesão térmica ou química levando a morte das células tumorais por meio de agulhas, técnica desenvolvida pela Radiologia Intervencionista.

Mas no caso de múltiplas lesões ou lesões maiores que 3 cm, o único tratamento que pode levar à cura é o transplante do fígado, seguindo critérios específicos para sua seleção.

 

Nesse momento a Radiologia Intervencionista possui um importante papel no tratamento desses pacientes através da técnica denominada quimioembolização. Essa técnica tem como objetivo diminuir as lesões tumorais, algumas vezes levando ao seu total desaparecimento, para garantir a possibilidade de transplante ao paciente e, quando não possível, prolongar ao máximo seu tempo de vida.

Nessa técnica especial são utilizados os microcateteres (tubos com menos de 1 mm de diâmetro), que posicionados nas artérias nutridoras do câncer, liberam micropartículas que ocluem sua fonte de nutrição, seguido de infusão de quimioterápico que age apenas no alvo (não provocam queda de cabelo igual às outras terapias com quimioterápicos). Isso tudo leva o tumor à morte por falta de sangue (isquemia-infarto) e devido à ação direta do medicamento.

 

Para saber qual a melhor terapia para o câncer de fígado, o Radiologista Intervencionista deve ser consultado, assim como o Oncologista e o Cirurgião, compondo uma equipe multidisciplinar para promover o melhor resultado ao paciente em tratamento.